terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Análise da tabela do Brasileiro de 2017

Ano passado fiz um post sobre as expectativas para o Brasileiro de 2016. Nele calculei a probabilidade de pontos de acordo com o aproveitamento dos últimos 5 anos. Repito a dose para este ano, com uma pequena alteração: Ao invés de pegar os últimos 5 anos, peguei os dados desde 2010, ou seja, os últimos 7 anos (7... sentiu o cheirinho?).

O cálculo é bastante simples. Vejamos o exemplo do confronto contra o Atlético Mineiro, nosso primeiro do campeonato. Foram 7 jogos em casa, onde tivemos 5 vitórias, 1 empate e 1 derrota, totalizando 16 pontos conquistados de 21 possíveis. Ou seja, obtemos em média nesse confronto 2,28 pontos. Essa conta foi feita para cada um dos confrontos, considerando sempre o mando da partida, não o local.

Considerei, arbitrariamente, que cada confronto com menos de 1 ponto de média indica tendência de derrota, simbolizada pela cor vermelha. Cada um que possui entre 1 e menos 2 pontos em média tem tendência a empate, representada pela cor branca. E cada um que possui uma média de 2 ou mais pontos aponta tendência a vitória, usando a cor verde. Eis a tabela:


Algumas conclusões que podemos tirar dela:

1) O primeiro turno tende a ser mais difícil do que o segundo. Temos muitos jogos com retrospecto de empate, que é uma perda preciosa de pontos. Serão especialmente críticas as rodadas 11 a 19, onde não há nenhuma com retrospecto favorável para nós. Nesse período teremos 4 jogos em casa e 5 fora, incluindo dois adversários que (sinto dizer) somos fregueses nos últimos anos: Corinthians fora e Palmeiras em casa.


2) Falando em freguesia, vamos começar com um de nossos maiores fregueses nos últimos 7 anos em casa: O Atlético MG. Dentre os 12 maiores clubes é o confronto em que temos o melhor retrospecto, seguido pelo Cruzeiro também em casa. São dois jogos em que você pode comprar o ingresso já esperando a comemoração no final da partida. Uma ótima forma de começar o campeonato.


3) Somando toda a pontuação média ao longo do campeonato obtivemos um total de 52,4 pontos. É pouco, muito pouco. Isso é porque tivemos nesses 7 anos mais campanhas pífias que louváveis. Para ter uma ideia, nesse período conquistamos em média 53,1 pontos no campeonato, média superada apenas em 2011 e 2016, quando fizemos 61 e 71 pontos, respectivamente.


Ano passado o que fez a diferença no campeonato foram as vitórias em confrontos em que costumeiramente empatávamos: ganhamos 10 de 18 desse tipo. Neste ano temos 17 confrontos com tendência ao empate, sendo 11 deles em casa (Botafogo, Ponte Preta, São Paulo, Grêmio, Coritiba, Atlético PR, Fluminense, Bahia, Vasco, Corinthians, Santos). Se houver a mesma sintonia este ano no Estádio da Lusa quanto teve em Cariacica ano passado, dá para ganharmos pontos importantíssimos na disputa pelo título.

Esse análise baseada em retrospecto logicamente está sujeita a falhas. Mas ajuda a dar uma visão se o time está acima, em média ou abaixo do esperado. Dê uma olhada no gráfico comparativo do esperado x o realizado de 2016 e veremos exatamente quando começamos a nos superar: exatamente na rodada 16, bem antes da estreia do Diego (21ª). E também quando caímos de produção, que foi a partir da 30ª rodada, no jogo contra o Fluminense.


Se você quiser ter uma cópia da tabela e ficar acompanhando a pontuação rodada a rodada, é só baixar uma cópia da planilha. Divirta-se! ;)