terça-feira, 21 de julho de 2015

Fincando os pés do urubu no chão


Ganhamos uma em casa! Maravilha! Incrível como tudo fica lindo, maravilhoso, em suaves tons de azul. Há uma paz reinante por todos os lados. E ao mesmo tempo, começam os "rumo ao título","deixou chegar, f*" e mais outras tantas frases que saem de nossas bocas e dedos na empolgação de momento. Afinal, crescemos sabendo que para o Flamengo, nada é impossível. E parece que depois de 2009, todo ano é santo.

Bem, vou pedir licença para ser a chata da turma. Vou puxar o pé do urubu para o chão, porque ainda está bem longe de ele poder planar em céu aberto.

Vamos fazer umas continhas. Temos hoje 38% de aproveitamento, com 16 pontos em 14 jogos. Faltam 24 jogos para o final do campeonato. Vamos imaginar que tenhamos uma arrancada fantástica, atingindo 65 pontos, que é uma pontuação razoável para entrar no seleto grupo do G4. Então, faltariam "apenas" 51 pontos a ganhar. Isso significa um aproveitamento de 70,83%, ou seja, 2.1 pontos por partida, chegando a 57% ao fim do campeonato.

É impossível? Não existe nada impossível, graças a Zico. Mas é realmente muito, muito difícil. Ainda mais quando vemos nas estatísticas que a média de aproveitamento do Flamengo desde 2003 é de 46,63%. Luxemburgo, no ano passado, teve 56,41% de aproveitamento. Em 2009, aquele ano espetacular, terminamos com 59% de aproveitamento.

Outra coisa importante é que teremos desfalques sempre nos períodos da Data FIFA, reservadas para amistosos de seleções. Serão no mínimo, no mínimo 3 jogos sem o Guerrero. Isso eu contando que ele pode jogar num dia, voltar correndo e jogar logo em seguida pelo Flamengo.

Podemos ir para a Libertadores através do Campeonato Brasileiro? Podemos. Mas é o caminho mais difícil, a esta altura. Acredito que há chance de terminar entre os 8 primeiros do campeonato, coisa que não acontece desde 2011.

A Copa do Brasil sempre está aí como um atalho, podendo ser usada para este fim, além de aumentar nosso acervo na sala de troféus. Para mim, este deve ser o foco, novamente. E continuará assim, enquanto não formos capazes de nos planejar e ter um time pronto em março e não em julho, com um terço do campeonato em andamento.

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